O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), marcou a sabatina de Jorge Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa para 10 de dezembro. O advogado-geral da União foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF).
A votação no plenário deve ocorrer no mesmo dia. Na CCJ, o relator da indicação será o senador Weverton Rocha (PDT-MA).

“Dentro do rito natural de apreciação de autoridades, quero esclarecer sobre a indicação do presidente Lula”, afirmou Alcolumbre, em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 25. “Tomei conhecimento pela imprensa da decisão do governo, com um Diário Oficial extra informando a decisão institucional de indicar Jorge Messias para esta vaga. Tendo conhecimento, conversei com o senador Otto Alencar (PSD-BA), a quem cabe a CCJ. Estabelecemos um calendário para sabatina e deliberação da autoridade na CCJ e depois no plenário do Senado.”
Desavenças no Senado pela indicação de Messias
A indicação de Messias tem gerado desconforto em alguns parlamentares. Uma ala de senadores do Partido Liberal (PL), por exemplo, defende um acordo pontual com governistas insatisfeitos com a escolha de Lula.
Alcolumbre, por sua vez, ficou enfurecido, por endossar o também senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na cadeira do Supremo. Dessa forma, o presidente do Senado rompeu relacionamento com o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), e anunciou oposição à indicação Messias. Em razão das desavenças, parlamentares da direita entendem que há uma oportunidade para impedir a chegada do advogado-geral da União ao STF.