Advogado diz que citação de Bolsonaro em UTI desrespeitou a lei

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, criticou, na tarde desta quarta-feira (23/4), a citação de seu cliente numa UTI de hospital após uma transmissão ao vivo. Ele reclamou do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


Bolsonaro foi tornado réu em investigação sobre susposta tentativa de golpe, na qual ele é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como líder da organização.

Bueno alegou que o ex-presidente foi surpreendido com “a inédita diligência do oficial de justiça”.

“Digo ‘inédita’ porque o Código de Processo Penal é explícito em determinar a impossibilidade de realização de citação de doente em estado grave, condição que, é notório, lamentavelmente hoje acomete o presidente”, disse o advogado em publicação nas redes sociais.

Bueno também questionou por que Moraes decidiu citar Bolsonaro enquanto ele estava internado na UTI. Além disso, reforçou que a defesa vai responder à intimação dentro do prazo de 5 dias estipulado pelo ministro.

“Tenho dito e redito ao longo dos últimos dois anos, período em que venho patrocinando a defesa do presidente, que decisões dessa ordem e com esse grau de excepcionalidade não colaboram — aliás, prejudicam —, sobremaneira a credibilidade de uma ação que, dadas as suas características singulares, será sempre testada e questionada em relação à observância do devido processo legal”.

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