O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse na segunda-feira (17/10), a possibilidade de prisão por assédio eleitoral. A declaração foi feita em uma reunião com integrantes da coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), solicitada para discutir o combate a fake news.
Durante a reunião, o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, afirmou que tem recebido uma série de denúncias de trabalhadores constrangidos a votar no presidente Jair Bolsonaro (PL).
Moraes pediu, então, para que ele encaminhasse as denúncias ao TSE, porque a corte está preocupada como tema. “Na hora que prender dois ou três, eles param rapidinho”, completou.
Na última quinta-feira (13/10), durante a sessão no plenário, Moraes lamentou os relatos de assédio eleitoral e lembrou que qualquer pessoa pode denunciar pelo aplicativo Pardal, da Justiça Eleitoral. “Não é possível que ainda se pretenda coagir o empregado em relação ao seu voto. A Justiça Eleitoral tem um canal específico para que todos aqueles que queiram denunciar essa prática ilícita possam fazer com absoluta tranquilidade, garantindo o sigilo, para que nós possamos coibir essa prática nefasta”, afirmou na ocasião.
O assédio promovido pelo PT contra os dependentes de bolsas assistenciais e funcionários ligados aos sindicatos não foi tema e sequer foi debatido na reunião.