Em uma série de postagens feitas em sua conta no Twitter, na terça-feira, 7, e nesta quarta-feira, 8, o deputado Guilherme Boulos (SP), atual líder do PSOL na Câmara, atacou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Na terça-feira ele questionou: “Lula foi eleito Presidente da República por mais de 60 milhões de brasileiros. Quem elegeu Campos Neto para Presidente do Banco Central?”
No que foi rebatido pelo ex-ministro da educação de Lula, Cristovam Buarque: “A pergunta vale para os ministros do supremo?” perguntou o ex-senador.
Em outra postagem Boulos questionou a independência do BC “INDEPENDENTE? Banco Central nas mãos de Roberto Campos Neto não tem NENHUMA independência, continua totalmente vinculado ao bolsonarismo. Ou temos alguma dúvida que o presidente do BC é alguém que Bolsonaro deixou infiltrado lá?”, disse em sua conta no twitter.
Já no plenário da Câmara dos Deputados Boulos utilizou seu tempo de líder da bancada para questionar a permanência de Campos Neto à frente do BC, além de dizer que ele estaria querendo ser “o dono da política econômica brasileira”. O deputado informou que a bancada do PSOL protocolou um projeto de lei para reverter a autonomia do Banco Central e afirmou ainda que irá convocá-lo a comparecer à Câmara.
Em outra postagem, feita na manhã desta quarta-feira, 8, Boulos apontou Campos Neto como Bolsonarista, fato que usa com base para a caçada que vem promovendo: “Nas eleições, Bolsonaro orientou seus eleitores a votarem com a camisa da seleção. Adivinha com que roupa o presidente “independente” do Banco Central foi votar? “ escreveu o deputado.
Líder do PSOL na Câmara vem afirmando que Campos Netos é um “infiltrado” de Jair Bolsonaro que faz “boicote” à economia com a manutenção da taxa básica de juros do País, a Selic, em 13,75% ao ano.
“O Campos Neto é um infiltrado no governo Lula, um infiltrado do ex-ministro da Economia Paulo Guedes, um infiltrado do Bolsonaro. É um cara que não deixa a taxa de juros baixar. Tem um interesse, na minha opinião, de boicote à economia, à geração de empregos, à retomada do crescimento econômico”, disse Boulos, no Salão Verde da Câmara.
