O Brasil se recusou a assinar a declaração final da Cúpula pela Democracia realizada na última quinta-feira (30) em Viena, Áustria. A decisão foi tomada devido a críticas à Rússia presentes no documento, de acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores.
A declaração final, assinada por 16 países, incluindo os Estados Unidos e vários membros da União Europeia, fazia referências a “ameaças à segurança regional e global por parte da Rússia” e condenava “a interferência russa em processos eleitorais em todo o mundo”. O documento também destacava a importância de proteger a liberdade de imprensa e os direitos humanos.
No entanto, o governo brasileiro argumentou que a declaração era tendenciosa e se concentrou injustamente na Rússia, ignorando outras preocupações importantes em relação à democracia em todo o mundo. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que o Brasil “não pode apoiar iniciativas que se concentrem em questões seletivas e que, em última análise, prejudiquem a cooperação internacional”.
A decisão do Brasil de não assinar a declaração final gerou controvérsia entre políticos e grupos de direitos humanos. Alguns argumentam que a recusa em apoiar uma declaração pela democracia pode minar a credibilidade do país em fóruns internacionais. Outros, no entanto, apontam que a posição do governo brasileiro reflete sua política externa de não intervenção em assuntos internos de outros países.