Nesta quinta-feira (5/12), o cacique Serere divulgou uma carta em que pede desculpas a várias pessoas, entre elas, o povo brasileiro e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e o presidente Lula. Desde o mês passado, o líder indígena está detido, por supostamente comandar “atos antidemocráticos” em Brasília.
No documento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, Serere se diz arrependido de divulgar informações “erradas” sobre o processo eleitoral, que teriam sido enviadas a ele por “terceiros”. “Agora, olhando para trás, vejo que estavam desvinculadas da realidade”-disse o indígena. “Na verdade, não há nenhum indício concreto que aponte para o risco de distorção no resultado às urnas, ou na vontade do eleitor”.
Adiante, o indígena afirma que “nunca defendeu ruptura democrática” e que não acredita na violência como método de ação política. “Entendo que o amor, o perdão e a conciliação são os únicos caminhos possíveis para a vida em sociedade”, disse.
O cacique Serere, segundo a carta obtida pelo Estadão, avisa ainda que, para evitar “qualquer atuação leviana” e a “divulgação de mentiras” a seu respeito, apenas os advogados Jéssica Tavares, Pedro Coelho e João Pedro Mello estão autorizados a falar em nome dele.