Deolane Bezerra, presa desde a última quarta-feira (4), já falou em outra ocasião sobre sua suposta relação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ostentando um patrimônio de quase R$ 100 milhões, ela é suspeita de lavagem de dinheiro por práticas de jogos de azar. A influenciadora e advogada criminalista disse que prefere os clientes “grandes” e que pagam bem.
Em entrevista ao portal UOL em 2022, ela não negou que advogue para membros da organização criminosa, mas destacou que trabalha para “pessoas e não para uma facção”.
– Um advogado criminalista em São Paulo não tem como afirmar que nunca advogou para um membro do PCC, a não ser que você advogue para clientes baixos. Eu prefiro os grandes, que me pagam bem. Não tem como ser hipócrita. Atendo uma pessoa que supostamente pertence a uma organização – disse ao colunista Lucas Pasin.
Deolane ainda afirmou que “advogados criminalistas sofrem inúmeros preconceitos”.
– O advogado criminalista sofre inúmeros preconceitos. O médico, quando opera bandido, não pergunta a ele se é um bandido. O engenheiro, quando constrói uma casa, não pergunta a profissão. Do mesmo jeito é o advogado criminalista. Ele não defende o bandido ou a pessoa, defende a lei. Nós defendemos a lei – afirmou.
A influenciadora também chegou a revelar quanto, em média, cobra para defender seus clientes.
– Depende de quem é o cliente. Se é o funcionário ou patrão. Vou dar um exemplo de tráfico de drogas. Existe o menino que fica ali na esquina vendendo e tem o cara que traz de fora e abastece 500 toneladas. Esse vai perder comigo R$ 500 mil. O que está na esquina vai perder R$ 20 mil, porque ele não tem dinheiro. [Depende] do valor da causa. Se o advogado criminalista falar que não cobra assim, ele está mentindo. Não tem como cobrar o mesmo valor em um roubo de celular e um roubo de banco – pontuou.
Frank, que afirma ser ex-integrante do PCC, declarou nesta terça-feira (10) que Deolane “lava dinheiro” para a facção. Ele disse ainda que “Deolane ficou famosa por causa do MC Kevin”.