Deputado Federal questiona governo sobre adesão do Brasil à UNASUL sem consulta ao Congresso

O deputado federal Luiz Phillippe de Orleans e Bragança protocolou um requerimento de informações direcionado ao Ministério das Relações Exteriores, solicitando o motivo pelo qual o governo aderiu à União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) sem consultar o Congresso, conforme prevê a Constituição Federal.


O Brasil já havia encerrado sua participação no grupo em 2019, devido a várias crises internas no bloco. No entanto, nesta semana, o governo recriou a UNASUL, o que gerou críticas do deputado.

Em sua conta no Twitter, o deputado afirmou que não se sabe se o órgão agirá como uma “união soviética latina” ou um “fórum de ditadores do narcotráfico”, mas que é certo que o Brasil sairá perdendo com isso.

Criada em 2008 durante o segundo governo do atual presidente, a UNASUL chegou a contar com a participação de todos os 12 países da região em 2010, mas foi desidratada ao longo da última década após a saída de partidos de esquerda do comando de diversas nações.

Atualmente, o bloco conta apenas com a participação da Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela, enquanto o Peru se encontra suspenso desde a última crise política do país.


Em nota, o Palácio do Planalto destacou que o objetivo da UNASUL é fomentar a integração entre os países sul-americanos, em um modelo que busca integrar as duas uniões aduaneiras do continente, o Mercosul e a Comunidade Andina, indo além da esfera econômica, para atingir outras áreas de interesse, como social, cultural, científico-tecnológica e política.

Além do Brasil, a Argentina do peronista Alberto Fernandez também já anunciou que irá voltar a integrar a UNASUL.

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