Em sua decisão, Moraes diz que ‘mensagens sinalizam que Bolsonaro estava redigindo decreto’ do golpe

Mensagens do celular de Mauro Cid apontam o envolvimento do então Comandante do Exército Freire Gomes e do ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, participaram de uma suposta trama para um golpe de estado que impediria a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).




As conversas foram capturadas pela Polícia Federal (PF) De acordo com a decisão de Alexandre de Moraes que embasou a operação da PF desta quinta-feira (08), “mensagens encaminhadas por Mauro Cid para o general Freire Gomes sinalizam que o então presidente Jair Bolsonaro estava redigindo e ajustando o decreto e já buscando o respaldo do General Estevam Theophilo (há registros de que este último esteve no Palácio do Planalto em 9/12/2022, fls. 169), tudo a demonstrar que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento”.

Em uma mensagem de áudio, via WhatsApp, do dia 9 de dezembro de 2022, obtida pela PF e enviada a Freire Gomes às 5h35, Mauro Cid cita inclusive uma reunião com “os comandantes” e com o “ministro da Defesa”:

“O presidente tem recebido várias pressões para tomar medidas mais, mais pesada, onde ele vai, obviamente, utilizando as forças, né?, mas ele sabe, ele ainda continua com aquela ideia que ele saiu da ultima reunião, mas a pressão que ele recebe é de todo mundo. (…) E hoje o que que ele fez de manhã? Ele enxugou o decreto, né? Aqueles considerandos que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais resumido,né? (…) por que se não for, se a força nao tocar pra frente. (…) Mas ele ainda tá naquela linha do que foi conversado com os comandantes, né? e com o ministro da Defesa. Ele entende as consequencias do que pode acontecer. Hoje ele mexeu naquele decreto, né. ele reduziu bastante. Fez algo muito mais direto, objetivo e curto, e limitado, né”.


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