Em três meses de Governo, Lula relança  “Mais Médicos”

Nesta segunda-feira, 20, o governo Lula relançará o programa Mais Médicos. A cerimônia está marcada para  às 11h, no Palácio do Planalto. A retomada do programa, criado em 2013 para ampliar o número de profissionais de saúde em áreas de baixo desenvolvimento econômico e no interior do país, ocorre pouco tempo após o início do quinto mandato dos petistas no Planalto. 


Até o momento, o governo deu poucos detalhes sobre o novo desenho do programa.

Durante o governo Dilma, o Mais Médicos ficou famoso por ter contratado um grande número de profissionais estrangeiros, principalmente cubanos. Haviam acusações de trabalho análogo a escravidão, os profissionais recebiam pouco a maior parte do salário deles ia direto para o governo cubano.

Além disso, como o Mais Médicos dispensava a revalidação de diploma, o governo não tinha como garantir a qualidade dos atendimentos. O governo Dilma defendia a qualidade da medicina cubana e dizia que esses profissionais só foram contratados após a constatação de que os profissionais de saúde brasileiros não demonstravam interesse em trabalhar no interior e em áreas de difícil acesso.

Após a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, Cuba abandonou o programa e citando ´declarações ameaçadoras’ do presidente recém-eleito. O Mais Médicos nunca foi encerrado oficialmente mas, segundo o governo Lula, o programa deve ganhar novo impulso com as mudanças que serão anunciadas.

Segundo Nésio Fernandes, atual secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, o programa deve abrir editais para estrangeiros em abril, as vagas serão oferecidas primeiro aos profissionais brasileiros, mas os postos não preenchidos deverão ser ofertados em seguida aos estrangeiros.

De acordo com o secretário, cerca de 300 municípios não possuem médicos em unidades de saúde da família há mais de um ano e quase 800 não conseguem manter os médicos trabalhando. O Brasil tem 545,4 mil médicos, mais da metade concentrada somente nas capitais.

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