Nesta quinta-feira (12/9), os Estados Unidos anunciaram sanções contra 16 autoridades venezuelanas associadas ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. As sanções se deram em resposta à obstrução de eleições justas na Venezuela.
A medida ocorre mais de um mês depois das eleições presidenciais e poucos dias depois da fuga do candidato opositor Edmundo González do país. A oposição realizou uma apuração paralela com as atas eleitorais, que mostram a vitória de González. Os EUA reconhecem o opositor como o vencedor do pleito.
“Sua saída da Venezuela é o resultado direto das medidas antidemocráticas que Nicolás Maduro desencadeou sobre o povo venezuelano, inclusive contra González e outros líderes da oposição, desde a eleição”, afirmou Antony Blinken, secretário de Estado, em comunicado no último domingo, 8.
Nicolás Maduro nomeou membros de órgãos judiciais
As novas sanções incluem líderes do Conselho Nacional Eleitoral e do Supremo Tribunal de Justiça alinhados com Maduro. Essas autoridades impediram um processo eleitoral transparente e a divulgação de resultados precisos. A oposição venezuelana e autoridades internacionais cobram a divulgação de atas eleitorais.
Além disso, os norte-americanos também sancionaram militares, forças de Inteligência e membros do governo responsáveis pela repressão, intimidação, detenções arbitrárias e censura.
O Departamento do Tesouro informou que Nicolás Maduro nomeou esses funcionários. Os servidores já haviam sido alvo de sanções em 2017. As sanções visam a pressionar o governo venezuelano a permitir eleições livres e justas, além de responsabilizar aqueles que contribuem para a repressão no país.