Exército falha e não consegue levar hospital de campanha a tempo para gaúchos

O cenário de guerra provocado pela chuva e pelas inundações, que destruíram estradas e pontes no Rio Grande do Sul, impede o Exército de instalar um hospital de campanha que deverá ser montado no município de Estrela.


A estrutura do hospital de campanha foi levada por um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) do Rio de Janeiro até a base aérea de Canoas, no interior gaúcho, na quinta-feira (2).

Inicialmente ele iria ser instalado em Lajeado, mas o general Hertz Pires do Nascimento, comandante do Comando Conjunto Sul da Operação Taquari 2, afirmou que foi decidido montar a estrutura em Estrela, cidade próxima. Mas o equipamento médico não conseguiu ser lavado até lá.

“Estamos com dificuldade para chegar pelas estradas. Tivemos de retornar e esperar”, afirmou, em entrevista coletiva no fim da tarde desta sexta-feira (3), ao lado do governador Eduardo Leite (PSDB).

De acordo com o militar, um outro hospital de campanha está sendo transportado do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Sul, com estrutura de centro cirúrgico. O local da instalação não foi informado.


Ao todo, 39 pessoas morreram por causa da tragédia no Rio Grande do Sul, segundo balanço divulgado no fim da tarde desta sexta.

Boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que às 18h desta sexta-feira havia 136 trechos em 68 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes, no estado.

Nas ações quando a água baixar, o governador disse que a Secretaria de Logística e Transporte irá trabalhar com plano de ação, com apoio do grupamento de engenharia do Exército para se reestabelecer as principais estradas interrompidas por deslizamentos ou por pontes que foram levadas.

“Não vai dar para consertar tudo ao mesmo tempo. Então se estabelece uma prioridade, se atua sobre artérias para os municípios maiores”, afirmou Leite na entrevista.

Nesta sexta, o governo gaúcho afirmou que segue vigente portaria que dispensa licenciamento ambiental para reconstrução de pontes danificadas por cheias.

O documento, publicado em setembro do ano passado, quando o estado foi atingido por outra tragédia provocada pela chuva, dispensa, extraordinariamente, de licenciamento ambiental estadual a reconstrução ou reforma de infraestruturas de transporte afetadas pelas enchentes, desde que sejam recompostas no mesmo local.

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