Fachin diz que espera ‘reciprocidade’ do presidente.

Em entrevista à Folha de São Paulo, na quinta-feira (17/02), o ministro Edson Fachin, que está prestes a assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), falou acerca das críticas feitas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o ministro, Jair possui “direito legítimo de crítica”, mas que a Justiça Eleitoral não irá “tolerar os intolerantes”.


O ministro disse que vai “estender a mão” ao presidente, mas espera “reciprocidade” do presidente.

“Como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, nós não vamos tolerar os intolerantes. Mas, por agora, eu tenho uma mão estendida e eu espero reciprocidade”.

Fachin ainda falou a respeito da declaração do mandatário sobre os ministros do STF que se comportariam como adolescentes e sobre a acusação de fake news quando o ministro, em seu primeiro discurso na cadeira do TSE, afirmou que há uma potencial interferência russa no processo eleitoral.

“Eu diria três coisas. A primeira, que toda pessoa, inclusive o presidente da República, tem o direito legítimo de crítica, e ninguém é imune à crítica. Portanto, o juízo de valor que se faz deve ser acolhido como exercício do dissenso dentro de uma sociedade democrática. A segunda observação é que o presidente, ao lado das funções estatais, tem atividades políticas. Na atividade política, os fatos sofrem substituição por narrativas. A terceira observação é que eu tenho um conjunto de fontes. Começam com um relatório do Senado norte-americano sobre as eleições norte-americanas, passam pelas eleições da Alemanha e por relatórios publicados em veículos respeitados de comunicação”, disse o ministro.


*Com informações da Pleno News

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