Fraude do Consórcio do Nordeste, durante pandemia, é milionária revelam documentos.

Mais de R$ 50 milhões de reais foram investidos em respiradores pelo Consórcio do Nordeste que nunca chegaram. Isso é o que diz a reportagem da Revista Veja, que mostrou como funcionava o esquema chefiado por governadores petistas durante a pandemia. A matéria foi publicada nesta sexta-feira (21/10).


Segundo a reportagem também replicada pela Revista Oeste, a Polícia Federal (PF), ao analisar os contratos do Consórcio do Nordeste, descobriu que uma das empresas envolvidas, a Hempcare, comercializava produtos à base de canabidiol.  Durante o debate na Band, o presidente Jair Bolsonaro citou a companhia e disse: “A CPI não quis investigar R$ 50 milhões torrados em uma casa de maconha”, disse Bolsonaro. “Não chegou nenhum respirador, e daí, sim, irmãos nordestinos morreram por falta de ar.”

Sem qualquer contato ou experiência no setor de respiradores e equipamentos médicos, a companhia fechou o contrato milionário com o Consórcio Nordeste para importar 300 respiradores oriundos da China. A proeza só foi possível porque a laranja aceitou pagar 25% do valor total para intermediadores que se anunciavam como pessoas com amplo trânsito junto ao governador da Bahia, Rui Costa (PT), então presidente do consórcio.

Segundo Veja, Cristiana transferiu R$ 3 milhões para um intermediário amigo do governador da Bahia. À polícia, Cristiana afirmou que sabia que o pagamento não era devido a uma suposta consultoria, e disse que “consultor” Cleber Isaac, o destinatário da bolada, tinha “influência política”.

O dinheiro foi remetido para uma empresa em nome de familiares de Isaac. Já Fernando Galante, locatário de uma sala comercial utilizada por Cristiana, recebeu outros R$ 9 milhões reservados para a compra dos respiradores.


“Para os investigadores, o indício mais impressionante da conivência do consórcio com os golpistas está registrado na nota de liquidação de empenho, o equivalente a uma nota fiscal para a compra dos respiradores, formalizada pela secretaria executiva do grupo, comandada pelo ex-ministro petista Carlos Gabas”, informou Veja. “O documento, que confirma o pagamento de R$ 48 milhões à Hempcare, afirma categoricamente que os respiradores, que nem sequer haviam sido comprados, já tinham até sido entregues aos governadores nordestinos e ‘aceitos em perfeitas condições’.”

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