Geórgia a Ucrânia de amanhã?

Após o parlamento da Geórgia aprovar a primeira leitura de um PL que exige que as organizações que recebem financiamento estrangeiro se registrem como “agentes estrangeiros” o país começou a enfrentar grandes protestos. O projeto de lei foi visto como uma tentativa de restringir as liberdades básicas e reprimir a dissidência no país.


Os acontecimentos provocaram grande agitação, com milhares de manifestantes se reunindo em frente ao prédio do parlamento de Tbilisi na noite de terça-feira, 7. Os manifestantes levantavam a bandeira da Geórgia e da União Europeia.

Ocorre que a Geórgia conquistou a independência da União Soviética em 1991 e há muito tempo tenta equilibrar o sentimento pró-europeu de seus cidadãos e os objetivos geopolíticos da Rússia, sua vizinha. Em março de 2022, a Geórgia se candidatou à adesão à UE.

Essa ambição de compor a União Europeia pode, justamente, levar a Geórgia por um caminho parecido com o da Ucrânia, já que ambos os países estão entre a Rússia e a UE. 

Na Ucrânia, antes da guerra com a Rússia, também ocorreram protestos, sendo no primeiro país até mais violentos. Os países têm muito em comum, ambos fizeram parte da União Soviética e procuram aproximação com a UE, ao saírem da subordinação política da Rússia e tentarem se aliar ao ocidente os países atraem para si um resposta agressiva do país da sibéria. 


Existem dois projetos de lei que caminham pela polêmica, um que exigiria que organizações, incluindo grupos não governamentais e mídia impressa, on-line e de transmissão, se registrassem como “agentes estrangeiros” se recebessem 20% ou mais de sua renda anual do exterior; Outro, que amplia o escopo de “agentes de influência estrangeira” para incluir indivíduos e aumenta as penas de descumprimento de multas para até cinco anos de prisão.

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