Grupos gays lançam cartilha com visão própria sobre a Bíblia

No dia 28 deste mês, a Rede Gay Latino e a Associação Nacional LGBT+, vão lançar, uma cartilha com a visão de grupos gays sobre a Bíblia. Ressaltando que, o manual analisa passagens do Livro Sagrado consideradas discriminatórias e busca inseri-las em um “contexto atual”.


Após anunciar a divulgação, a página oficial do movimento informou:

E eu te darei as chaves do reino dos céus’ é o versículo que orientou a elaboração desta publicação, movida pelo desejo de escancarar os armários que há tanto tempo aprisionam as experiências divergentes de gênero e sexualidade nos cristianismos.

Nossa alternativa, para quem o cristianismo ainda faz algum sentido, é buscar nossas próprias formas de ler não apenas esses textos, mas a mensagem bíblica como um todo.

No que segue, são apresentados alguns exercícios possíveis para libertar a mensagem bíblica e espiar pela fechadura.

O documento de 130 páginas divide-se em “armários” e “chaves”. Cada capítulo é uma nova abertura, “criando saídas que permitam reconhecer e celebrar as individualidades, as diferenças e as singularidades de cada pessoa que se coloca nessa jornada em direção a uma vivência libertária do cristianismo”.

A cartilha ensina em um determinado trecho, a respeito das identidades de gênero que o manual diz existir, entre elas, a “não binaridade”, “cisgeneridade” e “transsexual”.

O manual também afirma que supostos preconceitos contra pessoas LGBT+ condensou-se na chamada “ideologia de gênero”.


Forjada inicialmente por grupos católicos romanos, nos anos 1990, essa expressão foi adotada e disseminada por segmentos de outras denominações cristãs e por grupos e pessoas que usam uma linguagem cristã”, observa o texto. “O objetivo é demonizar a categoria ‘“’gênero’”’ — uma ferramenta nascida nos estudos feministas para analisar padrões de identidade e de relação que sustentam desigualdades e violências estruturais — e, assim, deslegitimar ao mesmo tempo o campo de estudos de gênero, os movimentos LGBTI+ e feministas e as lutas pela garantia e expansão de direitos sexuais e reprodutivos e à livre expressão de gênero.

*informações Revista Oeste.

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