Ligação de ministra do Turismo com miliciano abre primeira crise no governo Lula

Confira a ligação entre a nova ministra do Turismo do Governo Petista e um miliciano do Rio de Janeiro.


O miliciano conhecido como Jura e ex-cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro foi preso em 2009 sob acusação de chefiar uma milícia, chamada “Bonde do Jura”, que praticava, segundo a Justiça, ameaças, extorsões e homicídios em bairros de Belford Roxo, Queimados, Nova Iguaçu e São João de Meriti, cidades da Baixada Fluminense.

Ele também é acusado de matar um jovem em Nova Iguaçu em razão de uma briga entre a irmã da vítima e a namorada de um dos integrantes do “Bonde do Jura”.

Jura foi condenado em 2014 pelos dois crimes a penas que, somadas, chegam a 26 anos de prisão.

Qual a ligação dele com a ministra?


Jura participou de atos de campanha da ministra em 2018, entregando panfletos, participando de reuniões e caminhadas ao lado da então candidata a deputada federal.

Na eleição do ano passado, a mulher do miliciano, Giane Prudêncio, também participou da campanha.

Ela esteve no palco no evento de lançamento da candidatura da ministra, bem como organizou caminhadas a favor de Daniela, com uso de material de campanha como bandeiras, faixas, panfletos e adesivos.

A ligação entre a campanha da ministra e o miliciano é apenas uma foto, como sugeriu Dino?

Não. Há fotos e vídeos que mostram participação direta do miliciano na campanha de Daniela. Além das caminhadas em conjunto, Jura foi o anfitrião de um comício no qual esteve no palanque ao lado da ministra, que o abraçou ao chegar ao local.

O miliciano também foi chamado de “liderança” por Daniela após uma caminhada de campanha. Ainda compareceu à festa de aniversário do prefeito de Belford Roxo, Waguinho (União), marido da ministra, após a campanha em 2018.

Como o miliciano participou de uma campanha se estava condenado?

Jura participou da campanha no período em que cumpria sua pena em regime semiaberto, desde julho de 2017.

Ele tinha autorização para sair da prisão de segunda a sexta-feira e trabalhar entre 8h e 17h, e aos sábados, de 8h às 14h. A participação em atos de campanha não fazia parte da autorização dada ao miliciano.”

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