Lula afirma que acordo entre Mercosul e União Europeia será concluído

Nesta segunda-feira, 30, Lula se encontrou com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, no Palácio do Planalto, em Brasília. Durante a reunião bilateral, foi tratado sobre o possível acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.

“Nós vamos fechar esse acordo, se tudo der certo, até o meio deste ano, até o fim deste semestre. A nossa ideia é de tentar encaminhar para que a gente tenha um acordo e comece a discutir outros assuntos”, disse o petista.


Lula ressaltou, durante coletiva de imprensa, que é de interesse da América do Sul selar um entendimento com a Europa, porém ainda existem questões que precisam ser resolvidas.

“Quando era presidente, em 2007 até 2010, quase chegamos a concluir o acordo Mercosul-UE. A divergência era do Brasil e Argentina, que queríamos um acordo que não limitasse o nosso direito de poder nos . Voltei à presidência e tive nessa semana com o presidente da Argentina e vamos trabalhar para concretizar o acordo. Alguma coisa precisa ser mudada. Não pode ser feita tal como está lá, mas vamos tentar mostrar ao lado europeu o quanto somo flexíveis e queremos que os europeus nos mostrem o quão flexíveis eles são”-ressaltou o petista.

Ele ainda se comprometeu em concluir as negociações e finalizar o acordo até o fim deste primeiro semestre.

Já Olaf Scholz, pontuou que o governo alemão deseja um “rápido avanço” nas tratativas para que o acordo seja concluído em breve. Ambos apresentaram o pensamento convergente dos países.


“O acordo deve preparar o caminho para a transformação de nossas economias e fortalecer a cooperação tecnológica e industrial, bem como assegurar a proteção ambiental e climática e elevar os padrões em matérias de direito trabalhistas e sociais”, pontuou o primeiro-ministro.

A presença de Olaf em território brasileiro também serviu para selar um investimento da Alemanha de quase 200 milhões de euros – cerca de R$ 1,1 bilhão – em ações de fortalecimento ao meio ambiente.

Scholz aproveitou para falar sobre os atos ocorridos no dia 8 de janeiro. Segundo ele, há certa “emoção” em estar no Palácio do Planalto “Ainda vemos alguns resquícios da destruição e são, de fato, um sinal para que tenhamos que defender a democracia. Gostaria de ressaltar ao presidente Lula e aos brasileiros que podem contar com a solidariedade da Alemanha. A democracia do Brasil é forte e foi capaz de resistir a esse ataque e serve de modelo”-disse o político alemão. 

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