O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a crescente importância do grupo Brics ao declarar que o bloco, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se tornou maior que o G7 após a inclusão de Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes. Durante o programa semanal “Conversa com o Presidente”, Lula fez uma comparação entre os produtos internos brutos (PIB) dos dois grupos e destacou que o Brics representa 36,6% do PIB global, enquanto o G7 representa 29%. O presidente enfatizou que essa mudança é um marco significativo para o cenário global.
Lula defendeu a criação de uma moeda única entre os países do Brics para facilitar importações e exportações, usando o exemplo da União Europeia. Ele salientou que essa abordagem diminuiria a dependência do dólar e fortaleceria as moedas dos países envolvidos. Para esse fim, as nações do Brics planejam estudar a possibilidade de uma moeda única e tratarão do assunto na próxima reunião.
O presidente também explicou que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), dos Brics, liderado pela ex-presidente Dilma Rousseff, já começou a emprestar dinheiro em suas moedas locais, como o Real brasileiro e o Rand sul-africano, como parte de esforços para reduzir a influência do dólar nas transações financeiras internacionais. Lula enfatizou que essa iniciativa visa fortalecer o comércio e as economias dos países envolvidos, sem ser contra a moeda americana, mas a favor da independência financeira do bloco e do Brasil.
