Militares fazem vaquinha para pagar dívidas de Mauro Cid

Amigos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL), estão promovendo uma campanha de arrecadação de fundos, visando obter R$ 300 mil para o militar. A iniciativa, apoiada pela União Nacional dos Militares da Reserva e Reformados das Forças Armadas e Auxiliares do Brasil, alega que a dívida de R$ 600 mil de Cid abrange despesas com advogados e medicamentos. O texto destaca o “martírio” enfrentado por Cid, conhecido por sempre “honrar a farda”.

A campanha, disseminada em redes sociais e grupos de amigos do Exército, relata que Mauro Cid teve que vender diversos bens para custear honorários advocatícios.

“Vamos juntos ajudar esse amigo que sempre foi leal e um excelente militar”, destaca uma parte da mensagem, acompanhada das chaves Pix de Cid e de sua esposa, Gabriela Cid, para facilitar as contribuições.

Cid é representado pelo advogado criminalista Cezar Bitencourt, que atua em casos nos quais o militar e o ex-presidente estão sendo investigados. Entre esses casos estão o inquérito sobre as joias sauditas vendidas pelo governo brasileiro nos Estados Unidos, a falsificação em carteiras de vacinação da Covid e um suposto plano de golpe discutido dentro da Presidência.

Preso em maio do ano passado, Mauro Cid foi solto em setembro após assinar um acordo de delação premiada e concordar em usar tornozeleira eletrônica. Essa concessão foi resultado de uma negociação conduzida por seu advogado.

A colaboração de Cid com os investigadores da Polícia Federal foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto a PF continua a investigar o caso, contando com a cooperação jurídica internacional do governo dos Estados Unidos e do FBI.


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