Moraes prorroga inquérito contra Ibaneis e Torres por mais 60 dias


Nesta segunda-feira, 27, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou o inquérito que investiga suposta omissão das autoridades do Distrito Federal – o governador afastado, Ibaneis Rocha (MDB) e o então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres – nos atos ocorridos no dia 8 de janeiro, em Brasília.

O documento atende a um pedido do delegado da Polícia Federal, Raphael Soares Astini, que deseja concluir as diligências atualmente em curso, nele ele listou sete pendências envolvendo a investigação dos políticos, como:

– A requisição ao Núcleo de Identificação da Polícia Federal da elaboração de análise papiloscópica na “Minuta de Decreto” que foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro;

– O pedido para que uma equipe de análise investigue o Protocolo de Ações Integradas e Planejamento Próprio de Ação da Polícia Militar do DF sobre grandes eventos a fim de entender se houve um descumprimento do padrão quanto ao planejamento das manifestações que ocorreram e depredaram a sede dos Três Poderes;

– O encaminhamento à Procuradoria-Geral de Justiça das imagens gravadas no Palácio do Buriti sobre as entradas de pessoas e veículos na sede do poder executivo do Governo do Distrito Federal entre os dias 01 e 20 de janeiro deste ano;

– A análise do material de dados extraído do celular da ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF, Marília Ferreira Alencar;

– A análise das informações extraídas do material apreendido com o ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF, Fábio Augusto Vieira, e de Ibaneis Rocha;

– Além da solicitação da perícia para extração dos materiais eletrônicos apreendidos de Jorge Eduardo Naime, Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, Rafael Pereira Martins, Flávio Silvestre de Alencar e Josiel Pereira Cesar.

Além da decisão, na última sexta-feira, 24, Moraes também proibiu que a Justiça do DF libere visitas a presos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro e ressaltou que as análises de novas solicitações se restringem apenas ao seu gabinete.


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