Moro: ‘Se postar o original, é capaz de me prenderem’

O senador Sergio Moro, do partido União-PR, defendeu-se novamente nesta terça-feira, 18, das acusações apresentadas pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, por “manifestação caluniosa” contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Moro afirmou que o vídeo em questão foi retirado de contexto e que se tratava de uma piada em uma festa junina. Ele ainda destacou que nunca acusou o ministro de crimes e que não postaria o conteúdo original do vídeo com receio de ser preso.


Na última sexta-feira, 14, uma gravação do senador do Paraná falando sobre a suposta compra de habeas corpus do ministro Gilmar Mendes repercutiu nas redes sociais. No vídeo, Moro ouve uma voz feminina dizendo: “Está subornando o velho”. O ex-juiz responde: “Não, isso é fiança. Instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”. Na denúncia apresentada pela vice-procuradora, ela acusa Moro de “inveracidade” das palavras e de ter tentado “macular a imagem e a honra objetiva do ofendido”.

A PGR ainda afirmou que Moro teria incorrido na prática do crime de calúnia e que estaria sujeito à prisão e à perda do mandato de senador, caso aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 anos. O ex-ministro de Bolsonaro disse que repudia a denúncia relâmpago e que acha estranho que a PGR não o tenha ouvido antes de apresentar a denúncia.

Sergio Moro afirmou que tem divergências sérias com o ministro Gilmar Mendes, mas que nunca o acusou de crimes. Ele ainda destacou que o culpado pela ofensa ao ministro é quem editou e divulgou trechos do vídeo com malícia e que nunca teve acesso ao vídeo completo. O ex-juiz disse que continuará lutando pela Justiça e pela liberdade, tanto para ele quanto para o povo, no Senado.

O vídeo em questão, segundo Moro, foi tirado de contexto e se tratava de uma piada em uma festa junina. Ele brincava sobre “cadeia” na festa junina, na qual paga-se uma prenda para sair. O senador disse que não acusou o ministro Gilmar Mendes de “vender” “habeas corpus” contra “prisão” de festa junina e que, portanto, a denúncia é absurda. Ele ainda afirmou que o vídeo com o contexto pode ser assistido diretamente no post do jornalista Felipe Moura Brasil.


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