Mato Grosso supera Argentina na produção de soja

A safra recorde de 44,3 milhões de toneladas de soja nesta temporada colocaria Mato Grosso como o terceiro maior produtor mundial do grão se o estado fosse um país. Isso porque o estado deverá produzir cerca de 15,3 milhões de toneladas a mais que a Argentina, terceiro lugar em produção da oleaginosa, que teve sua produção reduzida para cerca de 29 milhões de toneladas.

Isso se dá em decorrência da quebra da safra da Argentina na atual temporada em decorrência das condições climáticas adversas, sobretudo estiagem em regiões produtoras. No boletim ‘AgroExport’ desta semana, o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, destacou que, em situação normal, a produtividade argentina para a oleaginosa beira a casa das 50 milhões de toneladas. Neste ciclo, contudo, a Bolsa de Rosário projeta que o volume não deve passar das 29 milhões de toneladas.

Atualmente, o ranking mundial de maiores produtores de soja conta com o Brasil na primeira posição, diante de uma projeção de 151,4 milhões de toneladas, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e com os Estados Unidos em segundo lugar, com uma produção estimada em 121 milhões de toneladas para 2022/23.

Ao se analisar a produção mato-grossense de soja dentro da produção brasileira, a mesma representa aproximadamente 30% do volume colhido no país.

“A participação de Mato Grosso na produção do Brasil é tanta que, se fôssemos um país e tirássemos a produção do estado da conta nacional, o Brasil passaria a ser o segundo maior produtor mundial, perdendo para os Estados Unidos”, observa o secretário adjunto de Agronegócio e Investimentos, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Anderson Lombardi.


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