Nesta sexta-feira (17/3), a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez seu enésimo apelo à China para que compartilhe toda a informação científica que possa ser útil para determinar a origem da pandemia de Covid-19, após a constatação de que o gigante asiático mantém guardados resultados genéticos e moleculares sobre o mercado de animais apontado como o primeiro foco da emergência sanitária.
A informação, procedente dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) da China, foi postada em uma plataforma científica de acesso aberto em janeiro e descoberta por especialistas europeus que a analisaram e relataram seus resultados à OMS, mas desde então todos esses dados foram removidos.
A OMS disse que assim que soube do caso (há cinco dias) pediu às autoridades chinesas que disponibilizassem a informação, o que ainda não aconteceu.
A entidade esclareceu que esses dados não permitem tirar uma conclusão definitiva sobre como começou a pandemia, mas constituem “uma peça importante para nos aproximarmos de uma resposta.”
Cientistas ocidentais que conseguiram baixar e trabalhar com as informações procedentes da China fizeram uma apresentação de suas descobertas a um grupo de especialistas da OMS dedicado a estabelecer a origem de novos patógenos, incluindo a causa da Covid-19.
A OMS pediu à China que envie diretamente os dados a esses especialistas, para que possam ser analisados de maneira mais ampla posteriormente.
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