ONGs são ‘Estado paralelo’ na Amazônia, diz Aldo Rebelo à CPI

Na terça-feira (11), o ex-ministro Aldo Rebelo participou como convidado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as atividades das ONGs na Amazônia. Durante sua participação, Rebelo mencionou que possui conhecimento da região há mais de 40 anos e destacou a coexistência de três entidades com poder similar em relação ao bioma. Por fim, ele expressou seu sentimento de surpresa em relação à atuação das organizações não governamentais na Amazônia.

“O primeiro Estado é o oficial, das prefeituras, das agências e órgãos do governo. Um estado anêmico, deficitário em tudo. O segundo é Estado paralelo do narcotráfico que está dominando tudo. Eles têm poder social e econômico. […] Há cidades em que o prefeito já não é mais o maior empregador. Perdeu para narcotráfico. Há cidades em que toda a semana temos notícias de jovens trucidados nas chacinas. Parecem cidades em guerra”, disse Aldo.

“Essas ONGs são apenas um instrumento, os interesses que elas representam estão lá fora. Se alguém perguntar se isso não é teoria da conspiração, a história da Amazônia é de conspiração, a Amazônia é cobiçada antes de ser conhecida”, disse o ex-ministro.

“Estado paralelo governando a Amazônia de fato, com auxílio do Estado brasileiro”. “As Ongs governam a Amazônia com auxílio do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente], no MP [Ministério Público], da Funai [Fundação Nacional dos Povos Indígenas], do Ministério [dos Povos Indígenas] recém-criado”, disse o ex-ministro.

Aldo Rabelo já exerceu importantes cargos e tem conhecimento e experiência em questões relacionadas ao meio ambiente, além de ter sido relator do Código Florestal.

A CPI das ONGs foi instalada em 14 de junho e tem como presidente o senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor do requerimento para criação da comissão. O relator é o senador Marcio Bittar.


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