ONU diz que Israel pode ter cometido crime de guerra

“custo civil” da operação israelense, que libertou quatro reféns na Faixa de Gaza no fim de semana, pode configurar crime de guerra, assim como a própria manutenção das pessoas em cativeiro pelo grupo terrorista palestino Hamas, afirmou a ONU na tarde desta terça-feira (11).

“Estamos profundamente chocados com o impacto nos civis da operação das forças israelenses em Nuseirat no fim de semana para garantir o resgate de quatro reféns”, afirmou o porta-voz do Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Jeremy Laurence.

“Centenas de palestinos, muitos deles civis, foram supostamente mortos e feridos”, disse Jeremy Laurence.

“A forma como a operação foi conduzida, em uma área tão densamente povoada, coloca em questão se as forças israelenses respeitaram os princípios de distinção, proporcionalidade e precaução estabelecidos nas leis de guerra”, completou o porta-voz da ONU.

Questionado sobre a credibilidade dos números do Hamas sobre Gaza, Jeremy Laurence afirmou que, antes do atual conflito, a ONU sempre confiou nas informações do Ministério da Saúde palestino, que eram “muito próximas de 100% de precisão”.

Com a guerra, há menos acesso para verificar esses dados, mas o porta-voz da ONU diz que a organização ainda tem contatos confiáveis no território.


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