Parlamentares chegam na ONU para denunciar abusos em prisões de manifestantes do 8 de Janeiro

Nesta sexta-feira (21), parlamentares brasileiros chegaram em Nova Iorque, nos Estados Unidos (EUA), para entregar uma denúncia ao Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a situação de mais de 1,5 mil manifestantes presos pelos atos do 8 de Janeiro.


Assinado por quase 90 parlamentares, o documento de quase 50 páginas foi elaborado com a ajuda de alguns dos advogados dos detidos.

O documento dos parlamentares relata diversos abusos que teriam sido cometidos contra os presos.

Os parlamentares se reuniram na tarde com o embaixador brasileiro na ONU, Sérgio França Danese. Em seguida, o documento sobre o 8 de Janeiro será enviado a Genebra.

De acordo com os parlamentares, o Supremo Tribunal Federal (STF) “ignora” os pedidos de liberdade provisória dos detidos, além do acesso aos autos do processo, as imagens das sedes dos Três Poderes, à avaliação de junta médica, à prisão domiciliar em decorrência de comorbidades, etc.


“A presente petição é admissível diante das claras evidências de que os processos no âmbito nacional foram prolongados de forma injustificada”, argumentam os parlamentares no documento.

O documento também cita as pessoas que foram detidas em 9 de janeiro que estavam em frente ao quartel-general em Brasília.

Entre crianças e idosos, os detidos foram levados à Academia Nacional de Polícia e ficaram no local por dias.

“Durante esse período, foram inúmeros os relatos de pessoas que passaram mal, incluindo uma tentativa de suicídio, e que fizeram os mais diversos pedidos de socorro por meio das redes sociais”, diz o documento.

“Aos detentos dos dias 8 e 9 de janeiro foram imputados crimes diversos, de modo genérico, sem a devida individualização de condutas”.

Os parlamentares que foram até os EUA são: deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) e os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Magno Malta (PL-ES) e Carlos Portinho (PL-RJ).

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