A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (7/12), ação para investigar superfaturamento na confecção das provas do Enem no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, entre os anos de 2010 e 2018. O prejuízo é de quase R$ 730 milhões.
Esses contratos foram firmados no governo do ex-presidiário Lula , em 2010, e reiterados nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, com a empresa RR Donnelley e Valid.
São cumpridos 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. A Justiça também determinou o sequestro de R$ 130 milhões em contas das empresas envolvidas nas supostas fraudes.
A operação contou com efetivo de 127 policiais federais e 13 auditores da Controladoria-Geral da União participa das diligências. De acordo com a PF, a ofensiva mira supostos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes da lei de licitações e lavagem de dinheiro.
De acordo com os investigadores, as apurações desenvolvidas em conjunto com a CGU estão centradas em contratos de R$ 880 milhões, celebrados desde 2010. O grupo sob suspeita seria integrado por empresários, funcionários das empresas envolvidas e servidores públicos, conforme revela a Polícia Federal.
No momento, a PF investiga se o Inep contratou uma empresa para realização do Enem, sem observar normas de licitação.