Presidentes do Chile e Colômbia pedem reunião de emergência da OEA sobre atos do último domingo

O presidente do Chile, Gabriel Boric, e o da Colômbia, Gustavo Petro, pediram a Organização dos Estados Americanos (OEA) uma reunião de urgência para tratar sobre os atos ocorridos em Brasília neste domingo, 8.

Os dois presidentes de esquerda se reuniram na última segunda-feira, 9, no Palácio de La Moneda, em Santiago. Ambos criticaram duramente as invasões e depredações ocorridas no Brasil.

Como era de se esperar eles recorreram à memórias do século passado, Petro relembrou os tempos de Salvador Allende e Pinochet, no Chile, e Boric classificou os atos como “golpe da extrema direita”.

Para Boric, a reunião serviria como uma posição conjunta dos países da região. “Nossa região tem de assumir uma posição clara”, disse o presidente chileno.

“É hora de dizer que o que ocorreu há 50 anos não voltará a acontecer. O caminho da América Latina é irreversivelmente democrático. O que está em perigo é o pacto democrático nas Américas. Esse não é um problema exclusivo da América do Sul. O mesmo que ocorreu em Brasília ocorreu em Washington.  É um golpe da extrema direita contra algo que eles não querem: a democracia” -afirmou Petro.

Também na últiima segunda-feira, 26 ex-chefes de Estado da América Latina e da Espanha inseridos no grupo Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea) divulgaram uma nota em conjunto manifestando apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e às instituições brasileiras.

A carta diz condenar “qualquer ação que vise subverter a ordem constitucional”.


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