Professores do Rio ignoram decisão judicial e mantêm greve

Nesta sexta-feira (29), os professores da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram manter a greve da categoria, após uma assembleia realizada no Centro da cidade. Em seguida, os manifestantes realizaram uma caminhada pelas ruas, chegando a ocupar uma das faixas da Avenida Presidente Vargas, no sentido Praça da Bandeira.

A greve dos profissionais de educação teve início na última segunda-feira (25), em protesto contra a falta de negociações com a Prefeitura. A decisão de manter a paralisação ocorreu apesar da determinação judicial da sexta-feira (28), que atendeu a um pedido da Prefeitura, afirmando que a greve é ilegal.

A Prefeitura alegou que o movimento não cumpriu os requisitos legais, como a falta de aviso prévio e a ausência de tentativa de diálogo com a Secretaria Municipal de Educação. Segundo a Justiça, a greve não seguiu os procedimentos necessários, como o esgotamento das negociações e a notificação prévia mínima de 48 horas, o que levou à concessão de uma tutela de urgência para interromper a paralisação. A decisão do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, ainda determinou uma multa de R$ 500 mil ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) e de R$ 5 mil aos diretores do sindicato por cada dia de descumprimento da ordem judicial.

O Sindicato, por sua vez, se posicionou afirmando que havia comunicado a greve com antecedência e tentado diversas vezes abrir canais de negociação com a Prefeitura. “Se não há uma contraproposta, não há uma negociação efetiva acontecendo”, afirmou Diogo Andrade, Coordenador-Geral do Sepe.

Além disso, a categoria já anunciou que recorrerá da decisão judicial. A próxima mobilização está marcada para terça-feira (3), com uma passeata da Candelária à Cinelândia, às 9h.


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