Nesta quarta-feira (21/9), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em pronunciamento falou sobre o uso de armas nucleares caso a soberania do país seja ameaçada. “Isso não é um blefe”.
“O objetivo do Ocidente é enfraquecer, dividir e destruir nosso país. Eles dizem que em 1991 foram capazes de dividir a URSS, e agora chegou a hora da própria Federação Russa, que deveria se dividir em muitas regiões em guerra”, falou.
Putin alertou que Moscou vai se defender com todo o seu vasto arsenal em caso de enfrentar uma ameaça nuclear.
Ao longo da guerra, Putin flertou com a opção nuclear em vários momentos. Mas diplomatas ocidentais acreditam que tal caminho não passaria de uma estratégia de intimidação, já que recorrer a tais armas significaria uma terceira guerra mundial e a própria destruição do governo russo.
Mas Moscou também deixou claro que apenas recorreria a tais armas se seu território fosse ameaçado.
A questão, segundo negociadores, é que a nova ameaça ocorre num momento em que representantes do Kremlin instalados em áreas ocupadas da Ucrânia anunciaram planos para a realização de referendos imediatos sobre a adesão dessas regiões à Rússia.
O governo chinês, um aliado de Putin, também emitiu um comunicado, apelando para que a crise seja resolvida por meio do “diálogo”. Mas Putin deixou claro em seu discurso que o Ocidente, ao financiar a resistência ucraniana, cruzou linhas importantes na relação com Moscou e que, portanto, a operação já colocaria em risco a segurança russa.