Sanções da Rússia atingem mercados mundiais e desvaloriza moeda russa

As ações mundiais caíram, os preços do petróleo dispararam e o rublo (moeda russa) atingiu novos recordes nesta segunda-feira (28/02), enquanto o Ocidente aumentava as sanções contra a Rússia por seu ataque à Ucrânia, que incluiu o bloqueio de bancos do sistema global de pagamentos SWIFT.


O banco central da Rússia elevou sua principal taxa de juros de 9,5% para 20% em uma medida de emergência, e as autoridades disseram às empresas focadas na exportação que estejam prontas para vender moeda estrangeira, já que o rublo caiu quase 30% para baixas recordes em relação ao dólar.

À medida que uma crise econômica se aproximava na Rússia, as consequências de sanções mais duras do Ocidente impostas no fim de semana se espalharam pelos mercados financeiros.

As ações europeias (STOXX) caíram 2%. Os bancos europeus mais expostos à Rússia, incluindo o Raiffeisen Bank da Áustria (RBIV.VI), UniCredit (CRDI.MI) e Société Générale (SOGN.PA), caíram entre 9 e 15%, enquanto o índice bancário mais amplo da zona do euro (SX7E) caiu 7%.

“O ambiente de negociação é altamente dinâmico e mantemos uma postura defensiva, pois as coisas podem ficar muito piores a partir daqui”, disse Peter Garnry, chefe de estratégia de ações do Saxo Bank.


Enquanto isso, os preços do petróleo dispararam depois que o presidente russo, Vladimir Putin, colocou as forças armadas nucleares em alerta máximo no domingo (27/02), o quarto dia do maior ataque a um estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

O aumento das tensões aumentou os temores de que o fornecimento de petróleo do segundo maior produtor do mundo possa ser interrompido, elevando os futuros do petróleo Brent em 5%, para US$ 102,86. Os futuros de petróleo bruto do West Texas Intermediate subiram US$ 4,62 ou quase 5,0%, a US$ 96,24 por barril.

“Estou dizendo aos clientes que tudo o que sabemos com certeza é que os preços da energia serão mais altos e haverá alguns beneficiários”, disse John Milroy, consultor financeiro da Ord Minnett em Sydney.

“É um velho clichê, mas é verdade que a incerteza impulsiona os movimentos em ambas as direções.”, completou.

*Com informações da Reuters

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