A líder opositora venezuelana, María Corina Machado, denunciou ter sido vítima de uma “tentativa de assassinato” perpetrada contra ela e sua equipe na cidade de Barquisimeto, no estado de Lara, onde os seus veículos foram vandalizados, os freios, cortados e o óleo, drenado. O episódio ocorreu nas primeiras horas da manhã da última terça-feira (16).
Machado relatou na rede social X que “agentes do regime” seguiram sua caravana desde o estado de Portuguesa, onde liderou uma atividade de campanha de apoio ao candidato da oposição às eleições presidenciais de 28 de julho, Edmundo González Urrutia, e cercaram o local onde pernoitaram.
A líder opositora afirmou que “a campanha de [Nicolás] Maduro é violenta” e responsabilizou o presidente e candidato oficial por qualquer dano à sua integridade física e aos membros da sua equipe.
Em um vídeo que acompanhou sua mensagem na rede social, mostrou como ficaram os veículos após o ataque, em que, além de cortar os freios de um dos carros, foi drenado o óleo do motor de outro, e ambos foram pintados com tinta branca.
– Isso está acontecendo aqui, hoje, dez dias antes da eleição presidencial de 28 de julho, poucas horas depois do sequestro do nosso chefe de segurança, Milciades Ávila – lamentou Machado no vídeo.
O ataque aconteceu no interior de uma propriedade privada onde a ex-deputada pernoitou juntamente com as pessoas que a acompanharam durante a atividade de campanha, que não costumam ficar em estabelecimentos públicos, para evitar consequências para os seus proprietários, como já aconteceu em ocasiões anteriores, com fechamentos temporários ou sanções econômicas, sob o argumento de falta de documentação ou não pagamento de tributos.
Nas eleições de 28 de julho, além de González Urrutia – que lidera as pesquisas de intenções de voto tradicionais – concorrerão Nicolás Maduro e outros oito candidatos.
URRUTIA SE PRONUNCIA
Por meio do X, o candidato à presidência apoiado por Machado, González Urrutia, condenou veementemente o atentado e aproveitou o episódio para denunciar as detenções dos militantes de sua campanha.
– A intimidação contra María Corina Machado e as recentes detenções de 72 cidadãos e ativistas da nossa campanha são atos de covardia intoleráveis que ameaçam o desenvolvimento do processo eleitoral – disse em sua conta.
Ele apelou para que as autoridades venezuelanas, o Conselho Nacional Eleitoral e a comunidade internacional atuem para garantir um ambiente pacífico no dia 28 de julho, data marcada para as eleições no país.
*Com informações da EFE e da AE