O vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Fernando Sarney, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (7), solicitando a suspensão imediata do acordo judicial que garantiu a permanência de Ednaldo Rodrigues no cargo de presidente da entidade máxima do futebol brasileiro.
A alegação de Fernando Sarney para o pedido de suspensão se baseia na suspeita de uma assinatura ilegítima no documento que homologou a legalidade das assembleias que elegeram Ednaldo Rodrigues. A assinatura questionada seria a de Antônio Carlos Nunes, ex-presidente da CBF, conhecido como coronel Nunes.
Na petição encaminhada ao ministro Gilmar Mendes, relator do caso no STF, Sarney relata que possíveis ilegalidades foram omitidas durante a celebração do acordo. Ele afirma que há indícios contundentes de que a assinatura de Antônio Carlos Nunes não seria válida, embasando sua alegação em um laudo médico da CBF que aponta problemas cognitivos do ex-dirigente, uma perícia que supostamente indicaria fraude na assinatura, e uma procuração pública outorgada em 2023, concedendo amplos poderes para gestão de suas finanças devido a um diagnóstico de tumor cerebral em 2018.
Diante dessas alegações, Fernando Sarney pede ao STF a revogação do acordo e a suspensão imediata de todos os seus efeitos, o que, caso acatado, poderia impactar a atual gestão da CBF liderada por Ednaldo Rodrigues.
O acordo em questão, cuja validade é agora contestada, foi firmado em janeiro deste ano e contou com as assinaturas de Rogério Caboclo, Gustavo Feijó, Castellar Guimarães Neto, Fernando Sarney, Antônio Carlos Nunes e da Federação Mineira de Futebol.
Em resposta ao pedido de suspensão, a CBF emitiu uma nota oficial informando que ainda não teve acesso formal ao laudo pericial, que a entidade classifica como supostamente assinado por um perito particular. A confederação reiterou seu “compromisso com a transparência, a legalidade e a boa-fé” em todas as suas ações.
Vice da CBF vai à Justiça para pedir afastamento de Ednaldo
