Alemanha considera banir Telegram. Agências de checagem pressionam YouTube e a censura cresce no mundo

Nancy Faeser, ministra do Interior da Alemanha, deu uma declaração, na quarta-feira (12/01), que o Telegram pode ser banido da Alemanha. Segunda a ministra, o aplicativo é vetor de fake News relacionadas à eficiência das vacinas e aos discursos de ódio feitos contra os grupos minoritários.


Nancy afirma que grupos de extrema direita” continuem falando contra às restrições relacionadas à pandemia no aplicativo. Ou seja, os alemães não podem duvidar da eficácia das vacinas e nem questionarem os lockdowns insanos impostos pela Alemanha.

“Não podemos descartar banir o aplicativo”, disse. “O encerramento seria grave e um último recurso. Todas as outras opções devem ser esgotadas primeiro”, informou a ministra, em uma entrevista concedida ao site Die Zeit.

Em relação a liberdade de expressão, a ministra ponderou que é difícil equilibrar liberdade e segurança: “É sempre difícil equilibrar liberdade e segurança e é claro que existem ameaças”, observou. “Mas, apesar de tudo, vivemos com segurança neste país, e os direitos de liberdade não estão fundamentalmente em questão”.

O Brasil segue os mesmos passos da Alemanha. A procuradora eleitoral do Rio de Janeiro, Neide Cardoso, na terça-feira (11/01), afirmou que qualquer comunicação partidária feita no Telegram durante a campanha eleitoral de 2022 será considera irregular, já que o aplicativo está ‘fora do alcance da Justiça Eleitoral’.


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, em dezembro de 2021, disse que “muitas teorias da conspiração” circulam pelo Telegram. Para combater a desinformação, Barroso mandou um ofício para o CEO do app, Pavel Durov.

O documento ressaltava a necessidade de criar um “diálogo aberto e frutífero do TSE com provedores de aplicativos de internet, especialmente redes de mídia social e aplicativos de mensagens”.

Mais controle de informação

As Agências de checagem, que fazem o papel de ‘ministério da verdade’ idealizado por George Orwell, no livro 1984, de 46 países, incluindo as agências Aos Fatos e Lupa, brasileiras, pressionam YouTube por ações contra ‘fake news’.

Aos Fatos e Lupa são conhecidas por, reiteradamente, colocaram o selo de ‘fake news’ em matérias que são verdadeiras e, pasmem: Artigo de Opinião. Isso mesmo. Checadores querem determinar se a sua opinião é falsa ou verdadeira. OPINIÃO.

Segundo a reportagem da Revista Oeste, desta quinta-feira (13/01), uma das medidas sugeridas é que o YouTube estabeleça “parcerias estruturadas” com checadores e assuma a responsabilidade de investir sistematicamente em iniciativas independentes de verificação de informações.

“Esperamos que considere a implementação dessas ideias para o bem público e para fazer do YouTube uma plataforma que realmente dê seu melhor para evitar que a desinformação e os boatos sejam usados como arma.”

Também subscrevem o documento organizações dos EUA, incluindo a unidade de checagem do jornal The Washington Post, e de nações como Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido, Nigéria, Etiópia, África do Sul e Índia.

“Todas essas agências chegaram à mesma conclusão: o YouTube é um dos principais canais de desinformação no mundo e as políticas atuais que a plataforma diz aplicar não estão funcionando”, ressalta outro excerto. Com informações da Revista Oeste

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