Após críticas, Lula muda o tom sobre a guerra na Ucrânia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuou e mudou seu discurso a respeito da guerra no Leste Europeu e afirmou que o Brasil “condena a violação da integridade territorial da Ucrânia”, além de defender “uma solução política negociada para o conflito”. A declaração do petista foi dada na terça-feira 18, durante um encontro no Itamaraty com o presidente da Romênia, Klaus Iohannis.

“Falei da nossa preocupação com o efeito da guerra, que extrapola o continente europeu”, declarou Lula. “Reiterei minha preocupação com as consequências globais desse conflito em matéria de segurança alimentar e energética, especialmente sob as regiões mais pobres do planeta”, concluiu.

O petista ainda defendeu a necessidade da criação de um grupo de países que seja capaz de “sentar-se à mesa tanto com a Ucrânia como com a Rússia para encontrar a paz”.

No último domingo (16/4), o presidente havia se colocado de forma totalmente diferente das ações tomadas pelos Estados Unidos e por países europeus integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre quais medidas deveriam ser adotadas e o empenho em fornecer armas, equipamentos e assistência para o Exército de Kiev.




Durante sua viagem ao Oriente, Lula fez escala nos Emirados Árabes Unidos e concedeu uma entrevista em que afirmou que: “A decisão da guerra foi tomada por dois países”.

Depois dessa declaração do petista, autoridades brasileiras sofreram fortes cobranças dos EUA e de integrantes da União Europeia para se retratar. A mudança de Lula se deu também por pressões internas de membros da oposição que condenaram sua fala.

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