China ultrapassa a linha mediana no estreito de Taiwan

Nesta sexta-feira (5/8), o governo taiwanês afirmou que pelo menos 13 embarcações de combate e 68 aviões de guerra avançaram a linha mediana que separa os dois territórios. A China também confirmou nos órgãos de imprensa estatais, como a agência de notícias Xinhua, que lançou na quinta-feira 4 mísseis no espaço aéreo da ilha. É mais um capítulo das ações em represália pela visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan.


“Vários grupos de aviões e navios de guerra chineses realizaram exercícios ao redor do Estreito de Taiwan e cruzaram a linha do meio do estreito”, disse o Ministério da Defesa de Taiwan em comunicado. “Este exercício militar chinês, seja lançando mísseis balísticos ou cruzando deliberadamente a linha mediana do estreito, é um ato altamente provocativo.”

Conforme foi relatado aqui no Vista Pátria, nesta semana, o Exército chinês começou exercícios militares, disparando 11 mísseis balísticos e munição real na águas ao redor Taiwan, ilha de 23 milhões de habitantes que o Partido Comunista Chinês considera parte de seu território. Pelo menos cinco mísseis caíram na zona exclusiva de exploração japonesa, o que resultou num protesto diplomático do Japão contra a China.

Autoridades de segurança esperam a intensificação, nos próximos dias, das ações militares chinesas na região. “Antecipamos que a China poderia tomar medidas como essa – na verdade, eu as descrevi com bastante detalhes no outro dia”, disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, em entrevista na quinta-feira. “Também esperamos que essas ações continuem nos próximos dias.”

Ele acrescentou que um porta-aviões americano permaneceria na área ao redor de Taiwan por mais alguns dias para “monitorar a situação”.


Sobre os mísseis lançados no espaço aéreo da ilha, o Ministério da Defesa de Taiwan disse que “viajaram acima da atmosfera e, portanto, não representavam risco para a ilha”. As autoridades não acionaram alertas de ataque aéreo porque previram que os mísseis pousariam em águas a leste de Taiwan, disse o ministério.

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