O general Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro, desistiu de assumir a Diretoria-Geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele tomaria posse no próximo dia 22 de fevereiro, mesmo dia que o ministro Edson Fachin assume a cadeira de presidente do TSE.
Em nota, o TSE informou que os ministros Fachin e Alexandre de Moraes, ambos do Supremo Tribunal Federal (STF), foram comunicados na noite de terça-feira (15/02), sobre a decisão do ex-ministro, que teria sido motivada por “questões pessoais de saúde e familiares”.
A desistência de Azevedo e Silva altera os planos das próximas gestões do tribunal de Fachin, até agosto, e Moraes, que se inicia em agosto e, projetavam no general um meio de blindar a instituição contra insinuações de fraude no processo eleitoral, uma vez que funções estratégicas da Corte estariam sob a alçada de um militar. A cúpula do TSE espera definir um novo nome para o cargo até sexta-feira (18/02).
Em entrevista ao jornal Estadão, na quarta-feira (16/02), o ministro Edson Fachin disse que não acredita que Bolsonaro será resistente, caso perca a eleição:
“Tenho esperança de que não aconteça e vou trabalhar para que não aconteça. Mas, numa circunstância como essa, nós teremos, certamente, o maior teste das instituições democráticas do Brasil” e, “Um grande teste para o Parlamento, que, na democracia representativa, representa a sociedade. Um grande teste para as Forças Armadas, que são forças permanentes, institucionais, do Estado, e que estou seguro que permanecerão fiéis à sua missão constitucional e não se atrelarão a interesses conjunturais’, disse Fachin ao Estadão.
*Com informações do Estadão.
