“Há viés de esquerda da maioria dos ministros do Supremo”, diz Bolsonaro

Na última segunda-feira (8/8), o presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista para o Flow Podcast.


Durante aproximadamente cinco horas, o presidente falou sobre feitos do seu governo, relações com ministros do Supremo Tribunal Federal e com o Congresso Nacional, impactos econômicos da pandemia e, mais recentemente, da guerra entre Rússia e Ucrânia no Brasil e demais assuntos.

A entrevista com o presidente foi assistida ao vivo, em determinados momentos, por mais de 550 mil pessoas no Youtube, superando o número de acessos simultâneos de uma entrevista do ex-presidente Lula ao Podcast PodPah, acompanhado por 292 mil pessoas em dezembro de 2021.

Em relação ao STF, Bolsonaro disse que “há viés de esquerda da maioria dos ministros do Supremo” e que existe interferência da Corte em outros Poderes. “O Supremo vê questão de inconstitucionalidade e não de materialidade de leis. O Supremo não pode ficar legislando, praticando o ativismo judicial. Cada poder no seu quadrado. Para nós vivermos em harmonia, cada um tem que fazer seu papel”.

Sobre o deputado federal Daniel Silveira, o candidato à reeleição disse que condena muito do que o parlamentar falou contra ministros da Corte, mas questionou a forma como o Supremo atuou no caso, condenando Silveira a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado em abril. A medida foi anulada no dia seguinte por decreto de Bolsonaro que concedeu o “perdão presidencial”. Para Bolsonaro, a atuação dos ministros violou a liberdade de expressão e a imunidade parlamentar.


O chefe do Executivo também falou sobre a sua viagem à Rússia em fevereiro, na qual encontrou Vladimir Putin pouco antes de iniciarem os ataques russos contra a Ucrânia, o presidente afirmou que os mandatários trataram “de várias coisas, e uma delas foi a questão da importação”, pelo Brasil, de fertilizantes da Rússia para manter as atividades do agronegócio. “Tudo o que foi tratado com o Putin foi cumprido, em especial a questão dos fertilizantes. O agro considero hoje basicamente a locomotiva da nossa economia. Eu vou tratar de questões do Brasil. Não quero guerra”. Sobre o conflito, disse que não tece comentários por ser chefe de Estado.

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