Nesta segunda-feira (3/10), o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, anunciou que apresentará um projeto de lei que criminaliza o erro nas pesquisas.
Em entrevista ao UOL na noite deste domingo, logo após a votação, Barros disse que seu projeto estabelecerá “punições severas” aos institutos de pesquisas cujos resultados dos levantamentos, às vésperas das eleições, ultrapassarem a margem de erro.
“Não dá mais para fazer pesquisa fria com tanto descaramento”, afirmou.
As últimas pesquisas presidencial do Datafolha, divulgada um dia antes da votação, apontou 50% de intenções de voto para Lula e 36% para Bolsonaro, com margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Nas últimas pesquisas presidenciais do Datafolha, do Ipec e da Quaest até o sábado, dia 1º, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha de 49% a 51% das intenções de votos válidos, ou seja, excluindo brancos e nulos. Pela margem de erro, que é de dois pontos percentuais nos três estudos, o petista podia ter de 47% a 53% nas urnas no domingo. Lula obteve 48,43%, portanto dentro da margem de erro.
Não ficaram na margem de erro os resultados sobre as intenções de voto para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas pesquisas, os últimos levantamentos dos três institutos variam de 36% e 39%. Mas Bolsonaro obteve nas urnas 43,2% dos votos.
Ricardo Barros protestou sobretudo quanto aos resultados em São Paulo e no Rio Grande do Sul, em que as pesquisas marcaram vitórias, respectivamente, de Fernando Haddad (PT) do gaúcho Eduardo Leite (PSDB), mas eles foram superados pelos bolsonaristas Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, e Onix Lorenzoni (PL), no Rio Grande do Sul.