Maioria do STF decide tornar réu homem que destruiu relógio de Dom João VI

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta segunda-feira (26/6) para tornar réus mais 45 denunciados por participação nos atos do dia 8 de janeiro, entre eles Cláudio Ferreira, de 30 anos, flagrado destruindo o relógio de Dom João VI no Palácio do Planalto.


O mecânico foi flagrado por câmeras de segurança jogando no chão o relógio de Dom João VI durante a invasão do dia 8 de janeiro e preso no dia seguinte.

No dia 8 de janeiro, centenas de manifestantes invadiram a sede dos três Poderes da República e destruíram o patrimônio público. Na ocasião, um dos vândalos atirou o relógio no chão.

Após o dia 8 de janeiro, mais de 2 mil pessoas foram detidas. À maioria foi concedida liberdade com aplicação de medidas cautelares. Atualmente, 253 pessoas seguem detidas. Até o momento, o STF já analisou 1.245 denúncias, sendo que outras 45 serão finalizadas nesta segunda.

Além de Ferreira, também fazem parte deste bloco de denúncias William Lima, que foi flagrado roubando uma toga dos ministros do STF, e o policial legislativo Alexandre Hilgenberg.


A maioria dos ministros votou para seguir o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes. Ele foi seguido pelos ministro Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber.

Nesta segunda (26), o Supremo também começou as audiências para as oitivas das testemunhas de acusação e de defesa e para interrogatório dos réus pelos atos de 8 de janeiro. Neste primeiro bloco, o foco está nas ações penais contra as 232 pessoas que seguem presas e são acusadas de crimes mais graves.

Essas pessoas são acusadas dos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo e deterioração de patrimônio tombado.

Das pessoas que foram presas pelo 8 de janeiro, 100 ainda precisam ter suas denúncias analisadas pelo Supremo.

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