Nesta quinta-feira (17/11), o ex-ministro Guido Mantega comunicou sua renúncia à equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva. Em carta endereçada a Geraldo Alckmin, que comanda os trabalhos, o ex-titular da Fazenda apontou a intenção de adversários em “tumultuar” e “criar dificuldades para o novo governo” como uma das razões para o seu afastamento.
Mantega foi anunciado na semana passada como integrante do grupo técnico responsável pelo planejamento, orçamento e gestão na equipe de transição. Por estar inabilitado pelo TCU a exercer cargo em comissão ou função de confiança na administração pública federal por punição envolvendo o caso das pedaladas fiscais, sua participação se daria de forma voluntária.
Em sua carta de renúncia, o ex-ministro classifica a decisão do TCU como injusta.
“Em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por oito anos”, diz ele.
Mantega finaliza o documento afirmando que aguarda a suspensão dos atos praticados pela corte de contas por meio de decisão judicial. “Estou confiante de que a Justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação”, afirma o ex-ministro.