Marco diplomático: China restaura relações entre Irã e Arábia Saudita.

Os ministros das Relações Exteriores do Irã e da Arábia Saudita se encontraram em Pequim na última quinta-feira, 6, para uma reunião histórica após mais de sete anos de hostilidades. A China foi a mediadora do acordo que restaurou as relações entre as duas potências regionais.


Em um comunicado conjunto, Irã e Arábia Saudita concordaram em reabrir missões diplomáticas e lançar acordos para reabrir embaixadas e consulados em um prazo de dois meses. As equipes técnicas vão estudar formas de expandir a cooperação, incluindo a retomada de voos e visitas bilaterais de delegações oficiais e do setor privado e facilitar a concessão de vistos para os cidadãos dos dois países.

O papel da China no avanço das negociações sacudiu a dinâmica em uma região conflituosa onde os Estados Unidos têm sido o principal mediador por décadas. A reunião foi considerada “positiva” pelos diplomatas iranianos e sauditas, que concordaram em enfatizar a “estabilidade e segurança sustentável” como parte da agenda comum.

A aproximação entre Irã e Arábia Saudita representa um desafio para a política externa dos EUA, que tem visto um de seus principais aliados, a Arábia Saudita, cada vez mais próximo da China. Como consequência, a Arábia Saudita estuda vender petróleo à China em sua moeda local, contornando o dólar.

A China conseguiu realizar uma das tarefas geopolíticas mais importantes das últimas décadas ao unir diplomaticamente duas potências regionais com histórico de hostilidades. O impacto desse acordo nas relações internacionais pode ser significativo e os Estados Unidos precisarão repensar sua política para a região. A aproximação entre Arábia Saudita e Irã é um marco importante para a estabilidade no Oriente Médio, que há anos vive sob tensão e conflitos.


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