Milada Horáková – A mulher que lutou pela liberdade.

“Mais de dois bilhões de pessoas vivem sob ditaduras no mundo Dedicamos esse filme à sua luta pela liberdade. A verdade prevalecerá”.


Milada Horáková deve ser vista como exemplo de honra e luta para a presente e futuras gerações.

Com senso de justiça, Milada era advogada e ativistas de Direitos Humanos. Sua história se passa na Tchecoslováquia no ano de 1939 a 1950.

Sua luta começou em 1939 contra a ocupação nazista e posteriormente, sua oposição ao domínio soviético em seu país. Milada comparava o comunismo ao nazismo. Se referia a Hiltler como confuso, demente, maluco e alucinado.

Colocando sua luta e ideais à frente de sua família, foi presa pela Gestapo e condenada à morte. Sua pena foi alterada para prisão perpétua no campo de concentração em Theresienstadt. Milada foi liberada da prisão em 1945, concomitantemente com a libertação da Tchecoslováquia.


Em 1946 foi eleita deputada e renunciou em 1948, após a tomada de poder pelo Partido Comunista, que na qual ela denominou como ‘ocupação soviética’.

Em 1949 foi presa pela STB (polícia secreta checoslovaca) e acusada de ser líder de um pseudo-golpe para derrubar o regime comunista.

Submetida a brutais métodos de interrogatório e torturas – físicas e psicológicas – (usando inclusive falsas promessas e fotos de sua família), forçou-a a confessar atos de traição e conspiração, caso quisesse ser liberta.  

O seu julgamento iniciou-se em 1950, através de uma farsa judicial, como as Grandes Purgas da União Soviética na década de 1930, radiodifundida e supervisionada pelos soviéticos.

Milada defendeu-se, com honra e coragem, mesmo sabendo que somente pioraria a sua situação. Denunciou as torturas e a confissão forçada. Foi condenada à morte em seu julgamento que se deu em 08. Jun.1950.

Diversas personalidades famosas e respeitadas pediram a mesma clemencia pela vida de Horáková que tiveram os nazistas. Entre eles estavam: Albert Einstein, Winston Churchill e Eleanor Roosevelt. Os soviéticos não se convalesceram e deram prosseguimento a execução da pena.

Minutos anos de ser morta, teve autorização de ver sua família, porém impedida de abraçá-los. Sua irmã gravida, sua filha e seu cunhado estiveram presentes.

Suas últimas palavras para sua filha foram: “Quando pensar em mim, saiba que eu sempre estarei com você”. “Estarei sempre com você. Sempre. Sempre”.  

Suas últimas palavras relatadas foram (em tradução): “Perdi essa luta, mas eu sigo com honra. Eu amo este país, eu amo essa nação, luto por seu bem-estar. Parto sem rancor para você. Desejo-lhe, desejo-lhe …”.

O dia 27 de junho, data da sua execução, foi declarado “Dia comemorativo das vítimas do regime comunista” na República Checa em 2004.

Seu veredicto foi anulado em junho de 1968 durante a Primavera de Praga, mas a posterior ocupação soviética da Checoslováquia não trouxe a reabilitação de Horáková, que teve de esperar pela Revolução de Veludo de 1989. Uma grande rua em Praga possui o seu nome desde 1990.

Ludmila Brožová-Polednová, a acusadora no julgamento de Horáková, foi condenada a 6 anos de prisão. Cinquenta e oito anos após o seu crime, e aos 87 anos, em setembro de 2008.

Milada Horáková lutou pela democracia, pela liberdade. Foi fiel aos seus princípios mesmo sob tortura. Condenada à morte, sem poder abraçar a filha antes de morrer. Seu legado deve ser lembrado e contado a todas as gerações.

O filme está disponível na plataforma de stream ‘Netflix’.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *