Moraes manda soltar quatro presos por suspeita de fraude em cartões de vacina ligados a Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a soltura de quatro pessoas presas e investigadas por falsificar dados dos cartões de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de ligadas a ele. O grupo foi preso em maio – por ordem de Moraes – sob suspeita de inserir informações falsas de vacinação contra a covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde.

Deverão ser soltos nesta terça-feira (19) o sargento Luis Marcos dos Reis, da equipe de Mauro Cid; o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros; o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro; e o ex-secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

Segundo as investigações, o grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações falsas no ConecteSUS para obter vantagens ilícitas ao emitir certificados de vacinação contra a covid-19 sem que as pessoas tivessem recebido doses do imunizante.

Segundo o inquérito, foram forjados dados de vacinação de pelo menos sete pessoas: do ex-presidente Jair Bolsonaro; da filha dele, Laura, de 12 anos; do ex-ajudante de ordens Mauro Cid; além da mulher e das três filhas de Cid.

A PF identificou que as informações falsas foram colocadas nos sistemas do Ministério da Saúde poucos dias antes de Bolsonaro viajar para os Estados Unidos, em dezembro de 2022. O país exige comprovante de vacinação contra a covid-19 para a entrada de estrangeiros.


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