“Não podemos conviver com esse fantasma das eleições de 2022”. Deputados vão renunciar aos mandatos por eleições limpas.

A pressão e a tentativa de amedrontar e impedir que as denúncias feitas pelo presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, sobre as inconsistências das urnas eletrônicas, de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), além de não surtir efeito, está estimulando deputados, federais e estaduais a renunciarem aos seus novos mandatos em prol de novas eleições.


Moraes requereu ao PL, que a representação protocolada na terça-feira (22/11) abranja os dois turnos das eleições deste ano, já que as urnas que teriam tido problemas foram usadas em ambos os pleitos. Isso colocaria em risco não só o mandato presidencial, mas de todos os eleitos, de todos os partidos.

O Partido atendeu as exigências do ministro e encaminhou os relatórios exigidos. “Como vamos viver com esse fantasma das eleições de 2022?”, questiona Costa Neto, durante coletiva na tarde desta quarta-feira, 23. “Nós não estamos discutindo as eleições. Estamos discutindo a história do Brasil”, disse Valdemar.

No Twitter, o deputado federal Filipe Barros e autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), do voto impresso, explica que o pedido do PL tem validade e está dentro da legalidade porque cada urna tem o “log da urna”, ou seja, o histórico de tudo o que aconteceu naquela urna.

“Cada urna tem também um código de identificação própria. Basicamente, um “CPF de cada urna. Logo, cada “log de urna” deve estar vinculado ao código de identificação daquela urna específica”.


Barros também afirma que quer eleições transparentes nem que “isso custe o mandato dos já eleitos”.

“Queremos transparência nas eleições mesmo que isso custe o mandato dos já eleitos. Não há democracia sem transparência.”, ressaltou o parlamentar. General Girão, deputado federal, disse que não se intimida com as decisões de Moraes. “Perdeu, mané”, escreveu o parlamentar.

O congressista diz que a reeleição do presidente Jair Bolsonaro é prioridade e que está disposto a participar de novas eleições.

“Sabemos que o eleitor potiguar confia e aprovará o nosso nome, mais uma vez.”

Conforme o vídeo abaixo, José Medeiros, deputado federal, afirma que recebeu com “espanto” a notícia da decisão do ministro do STF, que já estava com a determinação pronta, alegando que, “ou trás todos os dados, ou não será aceito o documento”. O deputado entende a atitude como “tentativa de amedrontar para que o PL recue”. Medeiros diz que a tentativa não o assusta e que disputaria a eleição novamente em nome da transparência das eleições.

Gustavo Gayer, eleito neste pleito de 2022, disse ao que renuncia ao mandato em nome da “Transparência”.

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