Na última quinta-feira (20/10), a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República foi surpreendida, com o recuo da ministra do Tribunal Superior Eleitoral Maria Claudia Bucchianeri, que decidiu suspender uma decisão dela própria que havia concedido à legenda 164 inserções de direito de resposta na TV. Após uma reunião de emergência na noite desta quinta-feira, o PT decidiu que vai recorrer para garantir os direitos de resposta.
O ex-presidente havia conseguido direito de resposta em ações movidas contra inserções de Bolsonaro que associaram o adversário à criminalidade, sob a alegação de que “onde o Lula teve mais votos foi dentro de presídio”. No direito de resposta, é lido um texto por um apresentador, ou sobre uma tela azul.
“A Justiça Eleitoral reconheceu que são mentirosas as informações divulgadas por Bolsonaro sobre a votação de Lula em estabelecimentos prisionais. Desesperado, insiste em espalhar fake news, achando que pode enganar o povo nas eleições. Bolsonaro e os filhos já foram condenados a retirar das suas redes sociais dezenas de acusações falsas que propagam contra Lula. Não acredite nas mentiras de Bolsonaro. A justiça está de olho”, dizia o texto do direito de resposta que o PT queria emplacar na TV.
A ministra Maria Claudia, no entanto, havia determinado que esse texto fosse ajustado e sofresse alterações, por entender que “apenas as três primeiras linhas da resposta apresentada na inicial prestam-se a esclarecer os fatos tidos como descontextualizados e inverídicos”. Uma versão mais suavizada seria levada ao ar.