Exército investiga três militares suspeitos de facilitar furto de 21 metralhadoras

O Exército investiga se três militares teriam supostamente ajudado no furto de 21 metralhadoras, das quais 13 com poder de derrubar aeronaves, do Arsenal de Guerra de Barueri, na Grande São Paulo. O furto foi notado no dia 10 de outubro, quando a corporação realizou uma vistoria interna e detectou uma discrepância no número de armas.

As investigações militares estão restringindo cada vez mais o número de pessoas que podem estar envolvidas no sumiço do armamento – e todos os militares que tinham encargo de fiscalização ou controle serão responsabilizados e cumprirão punições disciplinares. Nenhuma das metralhadoras havia sido recuperada até a publicação desta reportagem. As buscas contam com o apoio das polícias Civil e Militar.

Em sigilo, fontes de alta patente do Exército afirmam que os três militares, já identificados, teriam ajudado a colocar as armas de grosso calibre em um carro, usado para levá-las até um ponto de entrega. Segundo apurou o Metrópoles, trata-se de uma viatura Agrale Marruá, veículo militar que estava estacionado na garagem do quartel do Comando Militar do Sudeste, antes do crime.

Os suspeitos foram identificados após o Exército aquartelar 480 militares, desde o último dia 11. O isolamento contribuiu para que o comando conseguisse ouvir depoimentos e afunilar o número de possíveis envolvidos no crime. Em nota oficial, divulgada na terça-feira (17), o Comando Militar do Sudeste, responsável pelo arsenal, afirmou ter liberado parte dos militares aquartelados.

No Exército, segundo o Estadão, é dado como certo que as metralhadoras podem parar nas mãos de integrantes do narcotráfico e milicianos. Muitos militares vivem em comunidades e não é impossível que algum deles tenha sido ameaçado por membros do crime organizado e instado a praticar o roubo. Segundo investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, parte dessas armas foram oferecidas à maior facção criminosa do estado, pelo valor de R$ 180 mil cada uma.

Mas o principal receio é com as características das armas, capazes de derrubar um helicóptero. No Rio, há uma semana, em uma incursão da polícia nas comunidades da Maré, Vila Cruzeiro e Cidade de Deus, dois helicópteros foram atingidos por disparos vindos das quadrilhas dos criminosos que disputam o domínio da região. A ação tinha como objetivo prender membros do Comando Vermelho (CV) em resposta a execução de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca.

FONTE: Revista Fórum


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