Justiça Federal mantém quebra de sigilo do advogado de Adélio Bispo

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região autorizou, na última quarta-feira (3/11), a quebra do sigilo bancário e apreensão do celular e documentos do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, responsável pela defesa de Adélio Bispo na época do atentado contra o presidente Jair Bolsonaro, durante a campanha presidencial de 2018.


Os desembargadores mantiveram entendimento da 3ª Vara da Subseção Judiciária de Juiz de Fora, que autorizou acesso aos dados do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior.

O juiz responsável apontou “inconsistências” no fato de um advogado renomado ter representado o agressor, que não teria recursos para pagar os honorários. Em dois inquéritos, a Polícia Federal concluiu que Adélio agiu sozinho e que não houve mandantes do crime.

Os mandados de busca e apreensão abrangem livros-caixa, recibos, comprovantes de pagamentos de honorários e o aparelho telefônico do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, além de imagens de circuito de segurança de um hotel onde ele supostamente teria se encontrado com um financiador da defesa de Adélio Bispo. O escritório de Zanone não foi incluído nas buscas, para preservar o sigilo da atividade profissional.

A desembargadora Maria do Carmo criticou o fato de Zanone Oliveira Júnior não ter colaborado e informado sobre quem pagou seus honorários. Para ela, o Brasil foi “manchado internacionalmente” porque a Justiça não conseguiu esclarecer se alguém mandou matar o presidente.


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