Passando a mente a ferro após o 7 de setembro

Neste dia da Independência o Brasil fez uma grande demonstração ao mundo. Como previ no vídeo produzido aqui pelo Vista Pátria, milhões tomaram as ruas em todo o país no que foi seguramente a maior manifestação da história do planeta Terra. Não há como exagerar quanto à magnitude de tal evento e quanto aos efeitos dessa demonstração. Mas evidentemente o outro lado (sim, só há um lado oposto) correu, com muita força e até alguma habilidade, para tentar minimizar e ofuscar esse evento brilhante.


E muitos conservadores caíram nessa narrativa. É triste mas estamos aprendendo a viver no mundo real. Todos erramos e os bons são aqueles que reconhecem e aprendem com os erros.

Vamos então a uma dissertação sobre os fatos que compõe o quadro sobre o qual foi realizada a manifestação, cuja exposição em separado facilitará a interpretação posterior.

  • Bolsonaro está lutando desde antes de sua eleição contra um monstro gigantesco, que é o establishment brasileiro, controlado por uma aliança funesta entre algumas centenas de famílias muito ricas e poderosas e uma verdadeira quadrilha de políticos camuflados sob várias bandeiras mas interessados apenas em dinheiro, poder ou ambos.
  • Alguns ministros do Supremo, especialmente o Alexandre de Moraes, vem agindo de forma flagrantemente ilegal, rompendo a estrutura legal do país há meses, pelo menos. Se os atos desses ministros forem adequadamente investigados, não duvido que apenas a relação suspeitíssima entre vários deles e escritórios riquíssimos de advocacia seja suficiente para a abertura de vários processos. Entre outras várias possibilidades.
  • O Congresso Nacional vêm falhando como sempre no seu papel de moderador do Judiciário. Ora, tal falha é imposta pelo próprio sistema, criado por um tipo especial de canalha, ou de energúmeno. Ou uma doce mistura de ambos. Esta é infelizmente a forma adequada de nos referirmos a um mecanismo que prevê que um órgão julgue o outro. Insira crimes na equação em ambos os lados e imediatamente temos uma situação onde todos perdoam a todos. Onde, por óbvio, prevalece a impunidade. E onde a impunidade prevalece o crime prospera.
  • Elementos do STF começam a interferir diretamente nas atribuições do Executivo e do Legislativo, numa clara quebra da independência entre os três poderes da República.
  • A Câmara dos Deputados vêm trabalhando ardentemente para frear ou desidratar as ações do governo federal. Cito como mera ilustração a declaração gravada de um deputado que disse que se a reforma da Previdência passasse que Bolsonaro estaria reeleito e que, portanto, era preciso reduzir seu impacto benigno. Essa postura destrutiva foi devidamente suavizada com alguma articulação dentro da lei com elementos do Centrão. Nenhum Mensalão foi necessário ou seria tolerado.
  • Sistema midiático totalmente aparelhado, divulgando falsidades, seja por exposição errônea dos fatos, manchetes enganosas ou simples omissão. A ação desinformante desse braço do sistema assumiu dimensões assustadoras no período mais agudo da crise gerada pela narrativa da peste chinesa, como é fácil constatar.
  • O bandido condenado Lula foi solto e tornado elegível contrariando todo o sistema legal da República.
  • Pesquisas duvidosas (para ser fofinho) começaram a aparecer colocando o ex-presidiário como vencedor numa eventual disputa pela Presidência em 2022.
  • Parte do Judiciário começou uma mobilização para tornar o presidente Bolsonaro inelegível.
  • A PEC 135 do voto impresso com contagem pública de todos os votos não prosperou e os opositores da transparência eleitoral se esforçam para encerrar a discussão sobre o assunto, ainda que esta demanda possa ser implementada através de vários outros caminhos.

Diante desse histórico realmente amedrontador para um democrata amante da lei e da moral, o povo se organizou para um grande evento no dia da Independência. Tal evento aconteceu em centenas de cidades por todo o Brasil, mobilizando algo entre 5 e 10 milhões de brasileiros descontentes com a ruptura legal e institucional já citada. Tal manifestação tinha como pauta galvanizadora principal o apoio ao presidente Jair Bolsonaro. O resultado evidente foi a certeza de que o povo brasileiro está do lado do presidente. Tentar negar isso chega ao nível do cômico. Evidentemente isso não inibe nosso sistema pseudo-jornalístico formado por “analistas” do naipe de Leitoas, Anselmos e Noblats. Estes conseguiram desmoralizar a grande mídia de forma impagável.

Tornou-se então imperativo para o sistema tentar conter os danos, ou seja, tentar fazer parecer que o evento foi menor que a realidade, que houve uma traição do presidente aos participantes do evento ou de alguma forma ofuscar o evento com algum factóide. Aqui novamente parte da direita cansativamente caiu no conto. Vamos tratar de alguns desses itens.


1- A Bala de Prata

Logo que a manifestação começou a ganhar corpo surgiu um discurso propagado pelos intervencionistas, entre outros, que sugeria que dia 8 todos os problemas do Brasil estariam resolvidos ou o Presidente teria falhado. Ou seria fraco. Ou o povo desistiria e não sairia mais às ruas, etc.

Bem, esse pensamento infelizmente deriva de alguns erros conceituais e algumas vezes emocionais. A noção de que para coisas grandes de política alguém deva resolver os problemas. A visão do Estado como um pai que conserte tudo, mesmo quando o problema está nele. A falta de coragem de encarar uma guerra longa e custosa, com sacrifícios pessoais bem reais e palpáveis. A incapacidade de suportar as injustiças de um sistema mais que imperfeito, verdadeiramente apodrecido.

É compreensível que alguns sucumbam a esses erros. A perfeição não é desse mundo, definitivamente.

Não há bala de prata que corrija décadas de aparelhamento. Não há material humano para que se substitua dezenas de milhares de servidores ideologizados. Não se pode mudar a mentalidade paternalista de um povo em um dia. Tudo isso deve ser feito aos poucos, com habilidade, perspicácia e firmeza. Como um artista que pinta uma grande obra-prima. Não como um pedreiro que coloca abaixo uma parede a marretadas.

É preciso, portanto, ter paciência e muita resiliência. Não é justo o que estamos enfrentando mas é necessário que não nos precipitemos. Esqueçam as balas de prata e afastem-se de quem determina ultimatos ao presidente.

2- A Greve dos Caminhoneiros

Esse foi o principal elemento de ofuscação. Evidentemente trata-se de um esforço legítimo de patriotas mobilizados para o bem do país. Todavia não se age estrategicamente ignorando-se a lógica básica. A presença maciça de caminhões em diversas cidades pelo Brasil fortaleceu a manifestação com louvor. Já a sugestão de greve foii um erro tremendo que a princípio reputo ao açodamento e ao calor do momento. Não tenho indícios de malícia nem de segundas intenções mas estas podem existir.

O que ocorre é que as consequências diretas e inescapáveis de uma greve em nossa maior matriz de transportes são inescapáveis e de fácil previsão:

  • Aumento de preços
  • Desabastecimento
  • Retração econômica
  • Aumento da inflação
  • Aumento do desemprego

Li diversos argumentos inflamados como esse:

“É melhor termos um desabastecimento rápido agora que virarmos a Venezuela”

Bem, tal relação de causa e efeito simplesmente não existe. É uma falácia. Se a queda de um urubu ao lado de um velhinho causar-lhe um ataque cardíaco isso não significa que todo urubu desgovernado vá matar um idoso. Ao invés de limitar a percepção da realidade ao engolir uma patuscada como essa o melhor seria reler a listinha que fiz logo acima. E pensar o que sempre deve ser considerado, especialmente em termos de política; “Cui bono”? Quem se beneficia disso?

Qualquer criatura com QI acima do de uma ameba percebe rapidamente que a lista acima é o pesadelo de todo presidente, de todo governo e de todo país. E os primeiros a sofrer em tal cenário seriam os pobres.

Quem acha que esse desastre evitaria um mal maior engana-se, simplesmente. Esse horror apenas auxiliaria os inimigos da liberdade que trabalham todos os dias para destituir e prejudicar o presidente.

Observem que a esses rapidamente se uniram diversos liberais, criticando o presidente por não agir com uma violência “prometida” mesmo depois do presidente passar meses declarando que não sairia dos limites constitucionais, a não ser que o outro lado o fizesse de forma grosseira. E mesmo isso já ocorreu e o presidente insiste na legalidade, com uma paciência de fazer inveja a um monge budista.

3 – A Terceira Via

A outra tentativa de ofuscação da estrondosa mensagem que o povo brasileiro deu no dia da Independência foi a organização desesperada de um conjunto de manifestações “Fora Bolsonaro” em algumas cidades. O Vista Pátria esteve em Copacabana registrando o que se tornou uma grande piada.

Allan Frutuozo mostra a manifestação esquerdista em Copacabana no dia 12 de setembro

Desse esforço temos bastante a falar e pensar. Primeiro elemento a se considerar: Quem organizou os atos? Bem, a idéia inicial era que se formasse uma grande (perdão pelo trocadilho) frente anti-Bolsonaro, unindo os esforços do PT, de Lula, do PCO, PSOL, outros partidos socialistas, Novo, MBL e VemPraRua.

Mas acontece que essa turma não se dá bem. De fato, nem entre eles há harmonia. Com a cosmovisão destruidora que eles tem não é de se admirar. É um esfaqueando o outro num fragor sulfuroso de traição, interesse e maldade. E assim alguns problemas surgiram e alianças foram desfeitas. É interessante observar a diferença de composição desse ato do dia 12 com o ato patriótico do dia 7. No dia 7 a pulverização de lideranças foi enorme. Havia de evangélicos e conservadores a católicos e intervencionistas. Uma grande salada onde todos conviveram com tranquilidade, paz e harmonia.

Já do lado de lá a coisa não funcionou bem assim. Em parte tal coisa se dá pela falta de solidez de princípios dessa turma. Para quem acha que tudo é relativo, como confiar em alguém? Essa é uma das grandes fraquezas da esquerda, e esperemos que permaneça assim ou que piore.

Observem nesse vídeo o que houve no caminhão do MBL em São Paulo:

A importante lição dessa tentativa algo pitoresca de fazer frente a milhões de brasileiros é justamente expor a dimensão pífia da oposição a Bolsonaro. Simplesmente não há terceira via. Não há nem segunda, praticamente. A esquerda se mobilizou para o dia 12 junto com os movimentos liberais. Alguns desistiram mas não é de se crer que a presença do criminoso condenado Lula fizesse grande diferença em termos de público. Este cidadão parou de tentar eventos em público justamente para que sua impopularidade não ficasse gritante. Enquanto isso Bolsonaro leva multidões às ruas em motociatas e aeroportos. A diferença é estapafúrdia.

4- O “Recuo”

O presidente Bolsonaro publicou no dia 9 uma nota onde ele oferece uma aproximação com seus algozes do STF. A mídia intoxicada e os inimigos do conservadorismo infiltrados na direita correram para gritar “Recuou!”. Alguns conservadores afoitos embarcarm nessa onda, mostrando que ainda tem muito a aprender sobre esse grande embate.

Fiz uma brincadeira sobre os que histericamente gritavam que o governo havia acabado:

Nesses tempos difíceis é bom encarar algumas crises com leveza. Mas o que me fez evitar o erro? Bem, uma das virtudes cardinais de um conservador: a prudência. A memória também me serviu pois não foram poucas vezes que os trombeteiros do apocalipse fizeram um estardalhaço e no fim a verdade estava com o presidente. Hoje, portanto, eu espero o quanto for necessário para me posicionar. Nesse caso não esperei muito, como podem ver pela data do twit mas isso se deveu ao fato de que estou entendendo melhor o que acontece nos bastidores dessa grande guerra que estamos assistindo e na qual participamos.

Conclusão

Depois de toda essa longa exposição acima, podemos extrair algumas sólidas verdades. Jair Bolsonaro não é um Churchill mas hoje eu tenho para mim que ele é mais adequado ao nosso cenário atual que o poderoso líder britânico seria. Bolsonaro é duramente honesto, firmemente prudente e é dotado de uma paciência inacreditável.

Quem diz que ele não é um estadista apenas por recortes retóricos maliciosos ainda vai se aborrecer muito com o que será dito dessa presidência no futuro.

Leremos sobre um cidadão de origem simples que se dedicou, sozinho no início, à uma luta quixotesca contra gigantes maléficos a ponto de aterrorizar um investigador honesto. Um sujeito persistente que terminou por galvanizar em si a imagem das intenções de todos os brasileiros. Um homem que trouxe esperança a um povo removido do poder, desprezado por uma das elites mais arrogantes que já pisaram este planeta. Um homem realmente representativo de toda uma nação. Um líder brasileiro para o povo brasileiro. Povo este que só teve algo parecido no imperador D. Pedro II, figura que amava esta nação acima de tudo exceto Deus.

Tal história grandiosa já está sendo contada pelos atos desse cidadão. Quem resistiria à tentação de demonstrar seu poder após a maior manifestação de apoio já vista? Seria fácil romper com seus inimigos e partir para uma solução menos cansativa. Uma tentação verdadeira, sem dúvida. Mas de desfecho tão falso quanto o canto de uma sereia.

Eduardo Vieira discursando em Copacabana, no 7 de setembro de 2021.

Sabiamente Bolsonaro optou por usar esse apoio como força e estendeu uma mão de pacificação enquanto a outra segurava um porrete de 10 milhões de brasileiros, no mínimo. Chamou ainda um dos líderes ocultos das forças que atravancam o país para que esse se comprometesse junto com ele num acordo que começou enterrando o maligno e inconstitucional Inquérito do Fim do Mundo. Enquanto escrevo esta, prisões são relaxadas e processos arquivados. E outras coisas virão. Avanços de pautas importantes para a nossa pátria.

Para o detrator sempre haverá um detalhe ruim, uma concessão a explorar. Mas quem olha o grande esquema das coisas vê um Bolsonaro forte e vários grupos acuados e temerosos. E a razão disso acontecer é exatamente você, caro leitor. Sim, você não leu errado. Você, que acreditou no Brasil livre, no Brasil rico, no Brasil justo e foi às ruas pela sua liberdade e pela justiça no dia 7 de setembro.

Você é o principal responsável por essa vitória. E nunca se esqueça disso. Eu estive lá também mas me cumpre aqui o feliz papel de lhe passar essa mensagem, queridíssimo leitor:

Muito obrigado.

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